Parques urbanos e espaços verdes ajudam a combater o calor, aumentar a biodiversidade e transmitir uma sensação de tranquilidade na selva urbana. Mas, eles também ajudam a retardar o envelhecimento biológico. Segundo um estudo da Science Advances, pessoas que conseguem morar próximo a áreas verdes são, em média, 2,5 anos mais jovens biologicamente.
“Acreditamos que nossas descobertas têm implicações significativas para o planejamento urbano, no sentido de expandir a infraestrutura verde para promover a saúde pública e reduzir as disparidades de saúde.” comenta Kyeezu Kim, autor principal do estudo e pesquisador pós-doutorado na Feinberg School of Medicine da Northwestern University, de Chicago, nos Estados Unidos.
A exposição a espaços verdes está associada a uma melhor saúde cardiovascular e a menores taxas de mortalidade. Acredita-se que isso esteja relacionado a uma maior atividade física e interações sociais, mas não estava claro se os parques realmente retardavam o envelhecimento em nível celular.
“Outros fatores, como o estresse, a qualidade do espaço verde ao redor e o suporte social, podem afetar o grau de benefícios dos espaços verdes em termos de envelhecimento biológico”, explicou Kim, ressaltando que as disparidades requerem estudos adicionais.
Hortas urbanas podem ser saída para fome e para quem quer morar próximo à áreas verdes
A agricultura urbana tem diversos benefícios. Então, ela traz o consumidor para perto do produtor, o custo ambiental da comida cai muito e o preço também.
A AgroFavela – Refazenda em São Paulo, por exemplo, éuma horta comunitária vertical, com boxes de plantio e canteiros, localizada na região de Paraisópolis (SP). Ao todo, são cultivadas 60 espécies de hortaliças e frutas, em um espaço de 900 m².
De acordo com estudos na região, a AgroFavela tem prestado um grande serviço à biodiversidade da região, atenuando ilhas de calor, atraindo polinizadores e auxiliando na purificação do ar.
O prêmio de fotografia da ONG ‘The Nature Conservancy’ anunciou os vencedores da edição 2022, elegendo imagens que retratam desde a luta pela sobrevivência no mundo animal até eventos extremos do clima.
A competição deste ano teve a maior participação global desde o início da premiação, com inscrições de 196 países em seis categorias diferentes.
Com mais de 100 mil fotos inscritas, a vencedora do concurso foi tirada com um drone, em uma estrada solitária no Tibete. O registro do fotógrafo Li Ping, na China, só foi possível porque ele dormiu em um estacionamento à beira da estrada durante a noite para conseguir capturar a cena logo ao raiar do dia.
Três brasileiros estão entre os inscritos no The Nature Conservancy e, apesar de não terem sido vencedores, suas imagens ganharam menções honrosas. Os prêmios vão desde um ingresso para a Corrida da Extreme E, no Uruguai, a um kit de câmera no valor de US$ 5 mil.
“A diversidade de imagens de todo o mundo deu um vislumbre do nosso frágil planeta e de toda a vida que o habita. O concurso em si foi uma odisseia hipnotizante e ficamos com uma mensagem profunda de como todos nós estamos interconectados e o que significa para nossa própria sobrevivência misturar-se com a selvageria. ” Ami Vitale, juiz convidado.
Vencedor do Grande Prêmio
Em ambos os lados de uma rodovia, ravinas formadas pela erosão da água da chuva se estendem como uma árvore no Tibete, uma região autônoma no sudoeste da China.
Vencedor eleito pelo juiz convidado
Um leopardo conhecido como Olimba carrega a carcaça de uma macaca vervet fêmea com seu bebê ainda pendurado para salvar a vida. A foto, tirada no Parque Nacional de South Luangwa na Zâmbia, recebeu o nome de “Um reino implacável”.

Foto: Shafeeq Mulla, Zambia
Pessoas e natureza
O brasileiro Giovani Cordioli recebeu uma menção honrosa pelo registro feito em uma praia em Cuba. “Eu estava na praia de Varadero, Cuba, quando vi essa enorme nuvem chegando, então corri para o quarto e trouxe minha câmera para capturá-la”, contou Giovani aos jurados.
E mais um brasileiro recebeu uma menção honrosa nesta categoria. Marcelo Paulo Silva fotografou a Praia do Pontal, no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro, no primeiro dia após o lockdown das praias.

Foto: Giovani Cordioli, Brazil
Clima
Um dos registros impressionantes da categoria “Clima” que recebeu menção honrosa foi do fotógrafo Jassen Todorov. De acordo com a descrição fornecida pelo evento, a foto mostra os tanques de águas residuais, que são necessários, mas perigosos.
“O vazamento ou a descarga deliberada de água inadequadamente tratada tem poluído os ecossistemas de água doce e salgada”, diz a publicação oficial das imagens.

Foto: Jassen Todorov, United States
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