Alunos de escola pública da capital paulistana participaram dos workshops gratuitos de diagramação pelo projeto Arte do Jornalismo. No dia 1º de novembro, a ação chamada Dia do Design, coordenada pelo designer Caius Maga, reuniu 25 estudantes que produziram a versão digital do jornal “Inter-LAGOS Comunica SP” com as reportagens de autoria dos próprios alunos e que retratam as realidades do município no contexto dos Objetivos de Sustentabilidade (ODS) da ONU.
Os workshops aconteceram nas escolas estaduais Professor Benedito Célio de Siqueira e Professor Eurípedes Simões de Paula, região de Interlagos, zona sul da cidade. O projeto segue em São Paulo e na próxima etapa, a versão final dos jornais estudantis será publicada no site da iniciativa. Versões impressas, um jornal mural e o livro “Arte do Jornalismo” também estão previstos para encerramento do projeto e ocorrem ainda este semestre para todas as escolas nas sete cidades participantes.
Reportagens vencedoras
De autoria dos alunos Kauan Gonçalves Tomaz, Pedro Henrique de Oliveira Conceição, Genival José da Silva Junior e Lucas Ricardo, a reportagem “Revitalizando a Billings” fala da importância dos parques lineares para a qualidade de vida e lazer da população, mas aponta a necessidade de haver mais transparência quanto à qualidade da água. A reportagem está alinhada com a ODS 11 da ONU, sobre Cidades e comunidades sustentáveis.
Já as alunas Kamyle dos Santos, Larissa Duarte Ribeiro e Maria Eduarda Anjos dos Santos, produziram a matéria “Impactos das drogas: problemas e soluções” com um panorama sobre a importância do amparo do poder público e familiar para vencer o vício. O tema da matéria está em sintonia com a ODS 3 da ONU, sobre Saúde e bem-estar.
O projeto Arte do Jornalismo em São Paulo é uma realização da Horizonte Educação e Comunicação em parceria com a Diretoria de Ensino Região Sul 3 e apoio da Lei de Incentivo à Cultura. Ao todo, sete cidades estão na iniciativa: Ribeirão Claro (PR), Andirá (PR), São Paulo (SP), Ourinhos (SP), Piraju (SP), Vespasiano (MG) e Rio Bonito (RJ).
“A proposta pedagógica do Arte do Jornalismo compilada no Caderno do Professor, além de alinhada às diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), é importante por estimular o pensamento crítico no que chamamos Trilha da Sustentabilidade. No projeto, essa trilha está diretamente conectada à Agenda 2030, documento da ONU que reúne um plano de ação formado por 169 metas ligadas aos 17 ODS, criadas para promover vida digna a todos”, avalia Allan de Amorim, coordenador do Arte do Jornalismo.
Conheça as etapas do Arte do Jornalismo
O Arte do Jornalismo alia cultura e educação, usando o jornalismo como ferramenta e a sustentabilidade como tema central. Professores e alunos de sete cidades produzem reportagens sobre o assunto, com o objetivo final de identificar os meios para alcançar as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) sugeridas na Agenda 2030 da ONU, considerando a realidade de cada localidade. O foco são escolas de ensino público (fundamental II – 8º e 9º anos) impactando professores, alunos e comunidade.
A dinâmica do Projeto consiste em: oficinas pedagógicas (professores são orientados sobre os ODS, produção de textos jornalísticos e montagem de jornais); produção das reportagens (professores orientaram alunos a criar uma reportagem de sua cidade relacionada às metas de um ODS); Comissão julgadora (equipe técnica e jornalistas convidados elegem as duas melhores reportagens de cada cidade); Dia do Design (alunos das escolas vencedoras na etapa anterior recebem um designer gráfico para um workshop técnico e a diagramação coletiva do jornal da cidade); Jornal mural, e-jornal e livro (corresponde à última fase do projeto com a distribuição gratuita para as escolas participantes de um jornal mural da sua cidade, sua versão digital, e o livro do projeto que reúne os jornais de todas as cidades). Saiba mais em: http://artedojornalismo.com.br/
Sobre a Horizonte Educação e Comunicação
Há mais de 30 anos planejando e realizando projetos educacionais, culturais e editoriais sobre meio ambiente e sustentabilidade. Desenvolvemos programas sob encomenda e com uso das leis de incentivo à cultura. Com uma equipe que reúne pedagogos, professores, artistas plásticos, designers, editores, jornalistas e outros especialistas com ampla experiência, propomos soluções de comunicação para as temáticas socioambientais, com foco em resultado e inovação. Somamos nesta trajetória mais de 120 projetos nacionais realizados, com presença em mais de 400 cidades brasileiras, mais de 8.600 professores capacitados, mais de 5 milhões de alunos impactados e mais de 580 publicações lançadas. Acesse: http://www.edhorizonte.com.br/
Quatro alunos da 1ª e 3ª série do Ensino Médio, de um colégio paulista, ficaram em primeiro lugar de um concurso mundial após apresentarem uma ideia para despoluir o rio Tietê.
A proposta de Eric Hsieh, Eduardo Filho, Thais Ling e Jiahai Huan é em teoria simples e eficiente: redes coletoras seriam instaladas nas saídas das galerias pluviais para impedir que resíduos sólidos cheguem ao rio.
“A rede vai pegar o lixo sólido que ia ser despejado no rio. E é possível trocá-la com o passar do tempo. Nós pesquisamos e vimos que uma cidade já construiu essa rede na Austrália”, conta Eric. A ideia surgiu após ele visitar a nascente do Tietê, em Salesópolis, quando notou que um dos problemas da poluição era o despejo de lixo, que chegava ao rio pelas galerias pluviais.
E você, já visitou o rio Tietê? Muito além dos quilômetros populares e poluídos na Grande São Paulo, o rio tem 1.150 quilômetros, de muita biodiversidade e belezas. Tudo isso pode ser conhecido no livro Tietê – Um rio de várias faces, você pode ver algumas páginas dele clicando aqui, e também na exposição Tietê, da Serra do Mar ao Paraná, que têm lindos painéis que contam a história do rio e de seu entorno, clique aqui para saber mais sobre a exposição.
Considerando toda a extensão do rio e a dimensão das saídas de galeria, o custo por metro quadrado da rede seria de, aproximadamente, R$ 69, segundo estimativa realizada pelos alunos e pelo professor orientador. O grupo calculou, também, que seria necessária 1 rede por quilômetro de extensão do rio, totalizando 2.300 filtros produzidos para ambas as margens. O custo estimado, sem instalação, seria, portanto, de R$ 158,7 mil.
Este concurso é realizado anualmente pela Full Sail University, nos Estados Unidos. Denominado The Creativity Marathon, ele reuniu mais de 2,3 mil alunos de 108 escolas em países como México, Colômbia e Índia. Só no Brasil, foram 168 projetos de 62 colégios.
A competição estimula os estudantes a propor soluções que apoiem a Agenda 2030 das Nações Unidas e atendam um ou mais pontos dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O projeto campeão se relaciona com o objetivo 6 do ODS, que tem como um dos pontos principais melhorar a qualidade da água, reduzindo a poluição.