por Peter Milko (diretor geral da Horizonte Educação e Comunicação)
Nessa semana comemoramos o 50º Dia Mundial do Meio Ambiente. Vale nessa data refletir sobre as mudanças climáticas, algo que impacta não só a natureza, mas todas as relações humanas.
Em abril desse ano, foi publicado o relatório mais confiável no mundo sobre esse tema pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), de autoria de 258 cientistas de 65 países (*). A conclusão é que está sendo feito muito pouco, a nível global, para diminuir a emissão do gás carbônico, o que leva à previsão de que em breve iremos ultrapassar o aquecimento de 1,5 graus no planeta, limite para evitar o aumento das inundações, secas e as muitas consequências catastróficas já anunciadas. Para esclarecer o mecanismo do aquecimento global, preparamos esse infográfico: clique aqui para ver.
O alerta ganhou o mundo na Rio 92, última vez em que se conseguiu reunir mais de 100 presidentes pela causa, e ainda teve a presença marcante de Jacques Cousteau. O principal vilão do aquecimento global continua sendo a queima de combustíveis fósseis, leia-se petróleo, carvão e seus derivados, que corresponde hoje a 65% das emissões de gás carbônico: Estados Unidos e China são os maiores responsáveis e a transição para fontes energéticas renováveis está muito lenta.
Em segundo lugar na emissão de gases está o desmatamento, que responde hoje pela fatia de 18%. Nesse item o Brasil tem uma grande parcela de responsabilidade, e hoje está remando contra o bom senso e a economia: ao relaxar a fiscalização e incentivar indiretamente a devastação, poderíamos estar ganhando recursos vultuosos no mercado de carbono, onde empresas e governos investem em ações de conservação.
E a nível local, é possível fazer algo? Sim e muito. Sabe-se que uma das formas de tirar o gás carbônico da atmosfera é plantando árvores. Mesmo parecendo uma gota no oceano, plantar, reciclar, consumir de forma consciente são atitudes que vão “contaminar” pessoas ao nosso redor. E assim podemos comemorar com mais esperança a Semana do Dia Mundial da Vida.
(*) Para saber mais, vale consultar o excelente resumo do WRI: clique aqui para ver.