O Governo do Paraná acaba de lançar o projeto Jardins de Mel, que promove a criação de abelhas nativas sem ferrão, responsáveis pela polinização de cerca de 90% das plantas brasileiras. O foco é divulgar a importância e os benefícios dos serviços ecossistêmicos prestados pelos insetos, além de reintroduzir polinizadores nativos em seus locais de origem, pois muitos se encontram ameaçados de extinção.
Se você, ainda não conhece a importância das abelhas, te convidamos a ler o Especial Horizonte – A importância dos Polinizadores para a Agricultura, clicando aqui. Nele falamos sobre a arte da polinização, como as abelhas ajudam safras a renderem mais, maneiras de ajudar em sua preservação e muito mais!
As primeiras colmeias paranaenses foram implantadas no Chapéu Pensador, em Curitiba, como um piloto, mas futuramente serão implantadas em todas as áreas do projeto Parques Urbanos, também desenvolvido pela Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest).
Até o momento, são 17 municípios com convênios de Parques Urbanos e Poliniza assinados. Cada município deverá pensar em um espaço para receber o Poliniza Paraná, segundo o secretário estadual de Desenvolvimento Sustentável e Turismo, Márcio Nunes.
A Sedest e a Prefeitura de Curitiba promoverão capacitações aos municípios que receberão o Poliniza Paraná. O objetivo é ensinar a fazer a manutenção das casinhas das abelhas e como trabalhar a educação ambiental com os insetos.
Poliniza Paraná
A reintrodução de abelhas nativas nos espaços é importante porque a polinização é o processo que garante a produção de frutos e sementes, além da reprodução de diversas plantas. Por isso, as abelhas se destacam na manutenção e promoção da biodiversidade.
Além disso, as abelhas auxiliam na produção de cerca de 90% dos alimentos no mundo e são de extrema importância para agricultura mundial, pois são responsáveis por polinizar cerca de 70% das plantas agrícolas.
Das 420 espécies de abelhas sem ferrão do mundo, 300 vivem no Brasil, e aproximadamente 38 no Paraná. Cerca de 100 espécies de meliponídeos que ocorrem no Brasil se encontram em risco de extinção, e isso se deve ao desmatamento, à poluição e às mudanças climáticas.
O Poliniza Paraná também é um dos meios de se alcançar as metas definidas nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU).
O projeto terá investimento inicial de cerca de R$ 7 mil, com recursos da Sedest, para a instalação das caixas, placas e colmeia. Pela cooperação, a prefeitura ficará responsável pela manutenção, por meio de limpeza e conservação das caixas.
Entre as espécies disponibilizadas no projeto para o Chapéu do Pensador, por exemplo, estão a Guaraipo, que está na lista de espécies ameaçadas de extinção; Jataí; Mandaçaia; Mirim e Manduri. O mel produzido pelas abelhas não será comercializado.