O Programa Novo Rio Pinheiros anunciou os resultados das ações de despoluição do Rio, que acontecem desde 2019. De acordo com a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, houve uma melhora importante na oxigenação e na redução da matéria orgânica nas águas.
Dos 13 pontos de monitoramento do Rio Pinheiros, 11 já apresentaram o chamado DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) abaixo de 30 mg/l, quantidade mínima para que a água não tenha odor, melhore a turbidez e permita vida aquática.
Os pontos que registraram a melhor qualidade estão próximos às pontes Eusébio Matoso e Jaguaré, na Zona Oeste da capital paulista. Em seguida estão os trechos das pontes Cidade Universitária, Nova Morumbi e Socorro.
Há 3 anos, o governo estadual vem investindo em uma ação de saneamento básico para reduzir o esgoto lançado nos afluentes do Rio Pinheiros. Até o momento, cerca de 554 mil imóveis foram conectados à rede de esgoto, evitando que toda carga orgânica desses locais chegasse ao rio.
Com isso, as medições de esgoto doméstico que chegam por meio de afluentes ao Rio Pinheiros também tiveram redução de 45 para 26 toneladas/dia.
Ações de limpeza também fazem parte do Programa Novo Rio Pinheiros e já removeram mais de 62 mil toneladas de lixo entre garrafas pet, bicicletas, pneus e plásticos que são jogados nas águas de diversas formas. Ainda há o trabalho de desassoreamento que já removeu mais 687 mil m³ de sedimentos do fundo do rio.
Próximos passos
Em nova etapa do Programa Novo Rio Pinheiros estão sendo construídas unidades de recuperação da qualidade das águas que ajudarão a reduzir o esgoto que chega ao rio. Este esgoto vem principalmente de áreas informais e/ou locais onde não há viabilidade para passagem dos coletores de carga orgânica.
Serão cinco Unidades Recuperadoras (URs) instaladas próximo aos córregos: Jaguaré, Pirajussara, Antonico, Cachoeira e Água Espraiada. As obras devem ser concluídas até o segundo semestre de 2022 e irão retirar 1.560 litros de esgoto por segundo.